CICLO DO PAU BRASIL:
A árvore Pau-Brasil é cientificamente conhecida como Caesalpinia
echinata, mas popularmente recebe outros nomes, tais como: ibirapitanga,
ibirapiranga, ibirapita, muirapiranga, orabutã, brasileto, pau-rosado e
pau-de-pernambuco. Essa árvore é originária da Mata Atlântica, e devido a ela,
o nosso País recebe o nome de Brasil. O Pau-Brasil chega a atingir 30 metros de
altura e 1,5 metros de tronco, e possui uma casca pardo-acinzentada, sendo ela
dura e pontiaguda, enquanto que seu miolo é de coloração vermelha. Suas flores
são amareladas e uma das pétalas é de cor vermelho-púrpura. Antes mesmo da
chegada dos portugueses, em 1500, os índios brasileiros já utilizavam a matéria
bruta do Pau-Brasil para a produção de arco e flechas, além também de usarem
para enfeites. Os recursos provenientes desta árvore eram muitos, e com isso,
os novos colonos começaram a explorar o abundante vegetal, dando, assim, início
à exploração do Pau-Brasil. Os portugueses exploravam o pau-brasil com a
finalidade de extrair desta árvore a sua seiva, pois essa era uma substância
utilizada para tingir tecidos, enquanto que a madeira era aproveitada para a
fabricação de móveis. A exploração desse vegetal despertou o interesse também
de outros países europeus, como a Inglaterra e a França. Porém, devido ao fato de
os índios trabalharem no corte do pau-brasil e também no deslocamento das
madeiras, os portugueses, como forma de acelerar esse processo, trocavam com os
indígenas utensílios como: roupas, espelhos, pentes, entre outros apetrechos.
Essa troca entre os novos colonos e os índios dá-se o nome de escambo. Durante
os 30 primeiros anos de colonização, a exploração do Pau-Brasil foi a principal
atividade realizada pelo povo português, atividade essa que durou cerca de 370
anos, levando a quase extinção da árvore, e por esse motivo, o fim do ciclo
econômico do Pau-Brasil sucedeu no século 19, época em que, coincidentemente,
um corante artificial semelhante fora descoberto.
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