A palavra faraó se origina da versão grega da Bíblia,
pharâo. Esta palavra grega por sua vez deriva da expressão egípcia per-aá, que
significa "a grande casa", que se referia ao palácio real, sede do
poder faraônico. Os Egípcios antigos não usaram per-aá para se referir ao soberano
durante a maior parte da sua história, usando por sua vez termos como nesu
("rei") ou neb ("senhor"). Entretanto, a tradição consagrou
o uso da palavra faraó para se referir aos reis do Egito Antigo. Possuíam
poderes absolutos na sociedade, decidindo sobre a vida política, religiosa,
econômica e militar. Como a transmissão de poder no Egito era hereditária, o
faraó não era escolhido através de voto, mas sim por ter sido filho de outro
faraó. Desta forma, muitas dinastias perduraram centenas de anos no poder.
Na civilização egípcia, os faraós eram considerados deuses
vivos. Os egípcios acreditavam que estes governantes eram filhos diretos do
deus Osíris, portanto agiam como intermediários entre os deuses e a população
egípcia.
PRINCIPAIS FARAÓS:
Tutmés I, faraó do Egito (1524-1518 a.C.) da XVIII dinastia,
sucessor do seu cunhado Amenófis I (que reinou em 1551-1524 a.C.). Destacado
militar, foi o primeiro faraó a ser enterrado no Vale dos Reis.
Tutmés II, faraó do
Egito (1518-1504 a.C.), filho de Tutmés I e meio-irmão e marido da rainha
Hatshepsut. Enviou uma expedição contra as tribos núbias rebeladas contra sua
soberania e contra os beduínos, povo nômade dos desertos da Arábia e do Sinai.
Tutmés III, faraó do
Egito (1504-1450 a.C.). Era filho de Tutmés II e genro de Hatshepsut. Durante
seu reinado, Tutmés III realizou 17 campanhas militares bem-sucedidas,
conquistando a Núbia e o Ludão. Conseguiu que os mais importantes estados lhe
rendessem tributo: Creta, Chipre, Mitani, Hatti (o reino dos hititas), Assíria
e Babilônia. Tutmés III afirmou a hegemonia egípcia em todo o Oriente Médio.
Tutmés IV, faraó do
Egito (1419-1386 a.C.) da XVIII dinastia, filho de Amenófis II e neto de Tutmés
III. Comandou expedições militares contra a Núbia e a Síria, e negociou
alianças com a Babilônia e o Mitanni.
Amenófis III, faraó do Egito (1386-1349 a.C.), da XVIII
Dinastia, responsável por grandes trabalhos arquitetônicos, entre os quais
parte do templo de Luxor e o colosso de Mêmnón. Seu reinado foi de paz e
prosperidade.
Akhenaton ou Amenófis
IV, faraó egípcio (1350-1334 a.C.), também chamado Neferkheperure, Aknaton ou
Amenhotep IV. Akhenaton era filho de Amenófis III e da imperatriz Tiy e marido
de Nefertiti, cuja beleza é conhecida através de esculturas da época. Akhenaton
foi o último soberano da XVIII dinastia do Império Novo e se destacou por
identificar-se com Aton, ou Aten, deus solar, aceitando-o como único criador do
universo.
Alguns eruditos consideram-no o primeiro monoteísta. Depois
de instituir a nova religião, mudou seu nome de Amenófis IV para Akhenaton, que
significa "Aton está satisfeito". Mudou a capital de Tebas para
Akhenaton, na atual localização de Tell al-Amama, dedicando-a a Aton, e ordenou
a destruição de todos os resquícios da religião politeísta de seus ancestrais.
Essa revolução religiosa determinou transformações no trabalho dos artistas
egípcios e, também, no desenvolvimento de uma nova literatura religiosa.
Entretanto, essas mudanças não continuaram após a morte de Akhenaton. Seu
genro, Tutankhamen, restaurou a antiga religião politeísta e a arte egípcia uma
vez mais foi sacralizada.
Tutankamon – o faraó
menino, (1352-1325 a.C.), reinou de 1334 a1325 a.C., da XVIII Dinastia, genro
de Akhenaton, a quem sucedeu. Tornou-se faraó com nove anos, morreu
provavelmente assassinado. Durante seu reinado, restaurou o culto a Amon, o que
contribuiu para a paz no Egito. A pirâmide deste faraó foi encontrada por
arqueólogos em 1922. Dentro dela foram encontrados, além do sarcófago e da múmia,
tesouros impressionantes.
Quéops, faraó egípcio
(2638-2613 a.C.); o segundo rei da IV dinastia. A realização mais importante de
seu reinado foi a construção da Grande Pirâmide de Gizé, perto do Cairo.
Ramsés II (reinou em
1301-1235 a.C.), faraó egípcio, terceiro governante da XIX Dinastia, filho de
Seti I. Seus principais inimigos foram os hititas; com eles assinou um tratado,
segundo o qual as terras em litígio se dividiam. Durante seu reinado
construiu-se o templo de Abu Simbel e concluiu-se o grande vestíbulo hipostilo
do templo de Amón, de Karnak.
Ramsés III (reinou de 1198 a 1176 a.C.), faraó egípcio da XX
dinastia, grande líder militar que salvou o país de várias invasões. As
vitórias de Ramsés III estão representadas nas paredes de seu templo mortuário
em Madinat Habu, próximo à cidade de Luxor. O final de seu reinado foi marcado
por revoltas e intrigas palacianas.
Quéfren, quarto
faraó (2603-2578 a.C.) da IV Dinastia do Egito. Construiu uma das pirâmides de
Gizé. Durante muito tempo, pensou-se que a Grande Esfinge próxima a ela era uma
representação do rei. Quéfren foi sucedido por seu filho Miquerinos.
Seti I (reinou de
1312 a 1298 a.C.), faraó egípcio, segundo governante da XIX dinastia, filho e
sucessor do faraó Ramsés I. Nos últimos anos de seu reinado, conquistou a
Palestina, combateu os líbios na fronteira ocidental e lutou contra os hititas.