As revoltas nativistas foram
aquelas que tiveram como causa principal o descontentamento dos colonos
brasileiros com as medidas tomadas pela coroa portuguesa, como por exemplo, o
monopólio português do comércio de mercadorias; os preços elevados cobrados
pelos produtos comercializados pelos portugueses; as medidas da metrópole que
favoreciam os portugueses, principalmente os comerciantes; os conflitos
culturais, políticos e comerciais entre colonos e portugueses; os altos
impostos cobrados pela coroa portuguesa, principalmente sobre a extração de
ouro realizada pelos colonos brasileiros; a exploração colonial praticada por
Portugal e o rígido controle, através de leis, imposto pela metrópole sobre o
Brasil. Ocorreram entre o final do século
XVII e início do XVIII e a maior parte destas revoltas foi reprimida com
violência pela coroa portuguesa, como forma de manter seu domínio sobre a
colônia brasileira. As principais Revoltas Nativistas, foram:
·
Revolta
de Beckman:
Ocorreu no
Maranhão em 1684. Liderada por Manuel Beckman, teve como causa principal a
falta de mão-de-obra escrava e o desabastecimento e altos preços das
mercadorias comercializadas pela Companhia Geral de Comércio do Estado do
Maranhão, criada pela coroa portuguesa em 1682.
·
Guerra
dos Emboabas:
Ocorreu em Minas
Gerais entre os anos de 1708 e 1709. Os bandeirantes paulistas queriam
exclusividade na exploração das minas de ouro descobertas por eles. Porém,
portugueses e colonos de outros estados (chamados de emboabas pelos paulistas)
também queriam o direito de exploração. O conflito ocorreu pela disputa de
exploração do ouro entre estes dois grupos.
·
Guerra
dos Mascates:
Ocorreu em
Pernambuco entre 1710 e 1711. Teve como principal causa a disputa política
entre os senhores de engenho de Olinda e os mascates (comerciantes portugueses)
pelo controle de Pernambuco.
·
Revolta
de Filipe dos Santos:
Também conhecida
como Revolta de Vila Rica, ocorreu em Vila Rica (Minas Gerais), atual Ouro
Preto, no ano de 1720. Liderada por Filipe dos Santos, teve como causas: a
cobrança de altos impostos e taxas pela coroa portuguesa sobre a exploração de
outro no Brasil; a criação das Casas de Fundição, criada para controlar e
arrecadar impostos sobre o ouro encontrado na colônia, a proibição da
circulação do ouro em pó, com punições severas para quem fosse pego com o ouro
nesta condição e o monopólio das principais mercadorias pelos comerciantes
portugueses.
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