sexta-feira, 27 de junho de 2014

AS REVOLTAS NATIVISTAS:


As revoltas nativistas foram aquelas que tiveram como causa principal o descontentamento dos colonos brasileiros com as medidas tomadas pela coroa portuguesa, como por exemplo, o monopólio português do comércio de mercadorias; os preços elevados cobrados pelos produtos comercializados pelos portugueses; as medidas da metrópole que favoreciam os portugueses, principalmente os comerciantes; os conflitos culturais, políticos e comerciais entre colonos e portugueses; os altos impostos cobrados pela coroa portuguesa, principalmente sobre a extração de ouro realizada pelos colonos brasileiros; a exploração colonial praticada por Portugal e o rígido controle, através de leis, imposto pela metrópole sobre o Brasil.  Ocorreram entre o final do século XVII e início do XVIII e a maior parte destas revoltas foi reprimida com violência pela coroa portuguesa, como forma de manter seu domínio sobre a colônia brasileira. As principais Revoltas Nativistas, foram:

·         Revolta de Beckman:

Ocorreu no Maranhão em 1684. Liderada por Manuel Beckman, teve como causa principal a falta de mão-de-obra escrava e o desabastecimento e altos preços das mercadorias comercializadas pela Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão, criada pela coroa portuguesa em 1682.

·         Guerra dos Emboabas:

Ocorreu em Minas Gerais entre os anos de 1708 e 1709. Os bandeirantes paulistas queriam exclusividade na exploração das minas de ouro descobertas por eles. Porém, portugueses e colonos de outros estados (chamados de emboabas pelos paulistas) também queriam o direito de exploração. O conflito ocorreu pela disputa de exploração do ouro entre estes dois grupos.

·         Guerra dos Mascates:

Ocorreu em Pernambuco entre 1710 e 1711. Teve como principal causa a disputa política entre os senhores de engenho de Olinda e os mascates (comerciantes portugueses) pelo controle de Pernambuco.

·         Revolta de Filipe dos Santos:

Também conhecida como Revolta de Vila Rica, ocorreu em Vila Rica (Minas Gerais), atual Ouro Preto, no ano de 1720. Liderada por Filipe dos Santos, teve como causas: a cobrança de altos impostos e taxas pela coroa portuguesa sobre a exploração de outro no Brasil; a criação das Casas de Fundição, criada para controlar e arrecadar impostos sobre o ouro encontrado na colônia, a proibição da circulação do ouro em pó, com punições severas para quem fosse pego com o ouro nesta condição e o monopólio das principais mercadorias pelos comerciantes portugueses.

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