A chamada Revolução Liberal do Porto ou simplesmente
Revolução do Porto, foi um movimento que
acarretou consequências tanto na História de Portugal como na História do
Brasil. Iniciado na cidade do Porto no dia 24 de Agosto de 1820, cuja burguesia
mercantil se ressentia dos efeitos do Decreto de Abertura dos Portos às Nações
Amigas (1808), que deslocara para o Brasil parte expressiva da vida econômica
metropolitana, o movimento reivindicatório logo se espalhou, sem resistências,
para outros centros urbanos de Portugal, consolidando-se com a adesão de
Lisboa. Iniciado pela guarnição do Porto, irritada com a falta de pagamento, e
por comerciantes descontentes daquela cidade, conseguiu o apoio de quase todas
as camadas sociais: o Clero, a Nobreza e o Exército português. Entre as suas
reivindicações, exigiu: o imediato retorno da Corte para o reino, visto como
forma de restaurar a dignidade metropolitana; o estabelecimento, em Portugal,
de uma Monarquia constitucional; e a restauração da exclusividade de comércio
com o Brasil (reinstalação do Pacto Colonial).
A junta governativa de Lord Beresford foi substituída por uma junta
provisória, que convocou as Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da
Nação Portuguesa para elaborar uma Constituição para Portugal. Enquanto esta
carta magna estava sendo redigida, entrou em vigor uma Constituição provisória,
que seguia o modelo espanhol. O movimento, vitorioso, ficaria conhecido como
Revolução do Porto ou Revolução Liberal do Porto. Como consequências, a Corte
retornou a Portugal no ano de 1821 e, diante do progressivo aumento da pressão
para a recolonização do Brasil, este proclamou a sua independência em 1822.
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