O início desse movimento remonta ao período em que vigorava
no Brasil a chamada política do café com leite. Esse “acordo” entre Minas
Gerais e São Paulo chegou ao final no ano de 1930, quando o presidente
Washington Luís não indicou para presidente um representante de Minas Gerais.
Isso gerou um movimento que envolveu vários Estados da Federação e só terminou
com a deposição de Washington Luís e a entrega do poder para Getúlio Vargas. As
decisões políticas tomadas por Getúlio, como por exemplo, a nomeação de
interventores para os Estados, desagradou os paulistas que desejavam a
convocação de eleições para presidente e ainda a convocação de uma Assembleia
Nacional Constituinte, para elaborar uma nova constituição para o país. Os
paulistas também criticavam muito a forma autoritária com que Vargas vinha
conduzindo a política do país. Queriam mais democracia e maior participação na
vida política do Brasil. A insatisfação aumentou quando Getúlio nomeou para
interventor de São Paulo, o Pernambucano João Alberto. Como Vargas não atendeu
as reivindicações dos paulistas, em maio de 1932 começaram uma série de
manifestações de rua contrárias ao seu governo. Numa destas manifestações,
houve forte reação policial, ocasionando a morte de quatro estudantes (Martins,
Miragaia, Dráusio e Camargo). As iniciais dos nomes destes estudantes (MMDC) transformaram-se
no símbolo da revolução. Em 9 de julho de 1932 teve início a Revolução
Constitucionalista, que foi uma verdadeira guerra civil. Os paulistas fizeram
uma grande campanha, usando jornais e rádios, conseguindo mobilizar grande
parte da população. Os combates ocorreram, principalmente, no estado de São
Paulo, região sul do Mato Grosso e região sul de Minas Gerais. Contando apenas
com o apoio do sul do Mato Grosso, São Paulo enfrentou o poder militar das
forças armadas federais. O resultado foi a rendição e derrota paulista em 28 de
setembro de 1932. Cerca de três mil brasileiros morreram em combate e mais de
cinco mil ficaram feridos durante a revolução. Embora derrotados, os paulistas
conseguiram alcançar alguns objetivos. Entre eles, a Constituição que acabou
sendo promulgada em julho de 1934, trazendo alguns avanços democráticos e
sociais para o país.
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