A miséria, a fome, a seca, a violência dos fazendeiros e o abandono político em que se encontrava o Nordeste brasileiro, no final do século XIX, deu início a um grande problema social que se transformou em um conflito civil. Tudo começou em 1870, quando Antônio Vicente Mendes Maciel ou apenas Antônio Conselheiro, abandonou o Ceará e foi para o norte da Bahia onde iniciou uma série de pregações religiosas na qual se dizia enviado por Deus para abolir as desigualdades sociais e as perversidades da República. Fundou em uma antiga fazenda abandonada, denominada Canudos, um arraial, às margens do rio Vaza-Barris, chamada de Belo Monte. Neste local, em pouco tempo, formou-se uma comunidade que chegou a contar por volta de vinte e cinco mil habitantes. O medo por parte dos fazendeiros da região e a fuga de funcionários de suas fazendas, fizeram com que solicitassem a intervenção do Governo, que não conseguiu, por si só, segurar esse grande movimento. Por isso, pediu a intervenção da República que enviou o Exército. O massacre foi tamanho que não escaparam mulheres, idosos e crianças. Todos os acontecimentos da Guerra de Canudos foram relatados por Euclides da Cunha em seu livro Os Sertões. A violência oficial foi usada para calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.
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