Acredito que a educação emancipadora proposta por Paulo Freire, tem como objetivo central, partir do conhecimento já adquirido pelo educando para acrescentar conhecimentos ou lapidar aqueles que ainda não estão prontos para uso. Isso acaba com o nivelamento por baixo, muito comum nas Escolas. Esse nivelamento sempre foi e sempre será injusto, para quem usa, pois não respeita a bagagem cultural do aluno, que absolutamente não é igual numa sala de aula. Então como construir uma educação sólida sem conhecer as bases em que ela será firmada? É preciso conhecer individualmente cada aluno e a partir daí prover as suas necessidades. É preciso sair da educação tradicional, onde o professor é um ser superior que ensina a ignorantes, o dono da verdade dotado de um saber que deve depositar no aluno, que se torna recipiente passivo do depósito do educador. A educação libertadora contraria esta concepção, pois percebe a ação educativa como um processo dialético, fruto de uma práxis, onde professor e alunos conscientizam-se de sua realidade histórica num processo crítico de construção e reconstrução da mesma, atuando nela com criticidade. A emancipação só ocorre quando há a conscientização da capacidade intelectual e se decide utilizá-la. Quero acrescentar ainda que ensinar é uma arte... E já nascemos com ela.
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